quarta-feira, 6 de junho de 2018

ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI. ILLUMINATI.

Achou estranho que esta palavra apareça tantas vezes nesta introdução? Pois saiba que esta é a mesma estranheza que nos causam os diversos vídeos, blogs, sites, revistas e livros que pululam dia após dia nos meios de comunicação que tratam sobre este tema, alegando que tudo é Illuminati. Esta histeria desmedida soa absolutamente estúpida as vistas de qualquer pessoa minimamente sensata, mas parece fazer total sentido para as mentes daqueles conspiracionistas que consideram que sociedades secretas são entidades homogêneas, que estão em todos os lugares, regidas por um governo central, que incute mensagens subliminares em cada centímetro dos seus passos, da sua música, dos seus filmes, dos seus livros, das suas empresas e do que mais sua delirante criatividade - ou insanidade - for capaz de inventar para justificar sua crença de que, não obstante, todos seus membros agem como uma unidade organizada, disposta a dominar e destruir o mundo tal como conhecemos.

ILLUMINATI é um livro escrito por Sergio Pereira Couto com 126 páginas, divididas em 11 capítulos e publicado no ano de 2009 pela editora Universo dos Livros.

Pelos idos dos anos 2000, um dos maiores romancistas policiais que o mundo já conhecera, lançava o terceiro título de sua carreira. Seu nome? Dan Brown. Seu livro? Anjos e Demônios. A partir daquela data o mundo começaria a viver através de suas mais de 450 páginas as aventuras do professor simbologista Robert Langdon e sua empreitada na intenção de salvar a Igreja Católica Apostólica Romana das mãos dos terríveis Illuminati. Entretanto, apesar do maior destaque que esta sociedade secreta ganhara através de suas linhas, o mundo já os conhecia há muitos séculos.

Tudo aparentemente começou mais especificamente no século XVIII, embora a alguns grupos já fosse atribuída a alcunha de iluminados desde o século XIII. Estes, tais como a Irmandade do Espírito Livre, Iluminados, Alumbrados da Espanha, Profetas de Cevenas, diferentes em suas perspectivas e influências, foram desaparecendo com a mesma velocidade com que surgiam, mas um, dentre vários, permaneceu.

Segundo nos conta Sergio Couto, estes eram os Iluminados da Baviera, grupo surgido no ano de 1776 através das mãos de Adam Weishaupt, um alemão nascido no ano de 1748 em Ingolstadt, estudante de ocultismo e com uma certa predileção pelos Mistérios Gregos que influenciariam não apenas os motos usados pelos membros de sua Ordem, que em muitos casos faziam referências aos heróis helênicos, mas também a forma cifrada de sua comunicação em relação as cidades alemãs, que eram disfarçadas com nomes de cidades gregas. Chamada igualmente de Sociedade dos Mais Perfeitos, e também de Antigos e Iluminados Profetas da Baviera, foi através do nome Illuminati que a Ordem se fixou como aquela sociedade que inspiraria a mente dos conspiracionistas e das muitas obras de ficção modernas. Mas nem tudo pode ser considerado loucura ou invenção quando tratamos deste tema. 

Sua missão era de estabelecer um sistema totalmente novo e revolucionário, para pôr fim aos governos monárquicos e religiões - mais especificamente o Cristianismo -, e consideravam que para isso, os fins justificariam quaisquer meios. Adam teria encontrado terreno fértil então dentro da Maçonaria, e dali, captaria muitos dos membros que precisava para por seus planos em prática. 

Weishaupt considerava que "poucos, mas bem colocados" membros eram suficientes para que tudo fluísse conforme imaginava. A ideia era de que ao agregar pessoas influentes, sem revelar de forma imediata os objetivos finais da Ordem, mas expondo de forma gradativa e através dos graus internos seus planos, poderiam sistematicamente mudar a estrutura dos governos - uma vez que muitos dos seus membros pertenciam a áreas deste setor -, até o ponto de destruí-los totalmente. Tal como um parasita que se instala em organismos até consumi-los por completo, os Illuminati objetivavam se infiltrar sorrateiramente na monarquia e no Cristianismo, aniquilando-os de dentro para fora, fazendo surgir do cadáver putrefato destas organizações uma Nova Ordem Mundial.


Mas ao que parece, nem tudo funcionou como planejavam. Em 1785 as suspeitas sobre eles começaram a aumentar, junto das perseguições, prisões e torturas, pondo um fim a Ordem. A partir deste ponto os Illuminati teriam então se tornado ainda mais ocultos, infiltrando-se não apenas nos segmentos citados, mas também dentro de sociedades secretas outras, indicando através dos graus de muitas destas, sua presença. Teriam, de forma igual, se alinhado com grandes famílias de trilionários , tais como os Rotschild e os Rockefeller, migrado para os Estados Unidos da América, influenciando a formação daquela nação junto da Maçonaria, registrando sua existência nas notas de dólares, monumentos históricos e instituições dos mais diversos tipos. Mudariam de nome, teriam envolvimento com os Protocolos dos Sábios de Sião, Hitler e a Segunda Guerra, Crowley e a OTO e estariam tão envolvidos sob tantas camadas de mentiras,  notícias falsas e especulações, que hoje ninguém poderia mesmo dizer mais o que é real ou mito em relação aos famosos Iluminados da Baviera.

O livro de Sergio Couto levanta todas estas questões, e ainda muitas outras, de forma imparcial e sensata, não se deixando levar pelo sensacionalismo comum encontrado em muitos dos textos deste tema. Há um aprofundamento de cada um dos tópicos levando sempre em consideração os limites do bom senso, uma vez que, ao se tratar de sociedades secretas, o campo da pesquisa é sempre limitado pela especulação sobre o que seja, e o mistério sobre o que de fato é, uma vez que muitas das informações relacionadas a este universo sejam restritas a seus membros. E se estes membros não existem mais, ou fazem questão de se esconder, o que nos resta por fim é argumentar sobre aquilo que se tem, como registro histórico e imaginar aquilo que se deduz, como consequência destes registros. Ao menos aqui, estas fronteiras estão muito bem delineadas. 

De nossa parte pensamos que se os Illuminati de fato ainda existem, algo parece ainda não ter se encaixado, pois a monarquia pode ter caído, mas o Cristianismo ainda caminha e dita muito do pensamento religioso comum. Sendo assim, só nos resta mesmo concordar com Caetano e cantar; "alguma coisa está fora da ordem, fora da Nova Ordem Mundial"

por Allan Trindade

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