quinta-feira, 5 de agosto de 2021


Este é um tarô dedicado às deidades da religião iorubá e ao candomblé brasileiro.

Os iorubá são um povo africano da Nigéria que imbuíram muitos trabalhos artísticos, especialmente cerâmicas, com cultura e um senso de beleza, revelando grande respeito e admiração pela natureza. Muitos desses trabalhos são o resultado de uma inspiração artística ligada ao mundo espiritual.

Durante os séculos passados, os iorubá, como muitos outros povos africanos, foram deportados à América, contribuindo inocentemente para uma das páginas mais obscuras da História da humanidade: a escravidão.

O TARÔ AFRO BRASILEIRO é um baralho idealizado por Alice Santana e desenhado por Giuseppe Palumbo, contém 78 cartas acompanhadas de um livreto explicativo, e fora publicado no ano de 2014 por Lo Scarabeo.

A grande tenacidade e lealdade que sentiam por suas raízes e tradições os permitiu manter os princípios fundamentais da antiga religião africana viva no candomblé brasileiro e em Cuba, na santeria. Mas não é apenas isso: esses princípios desenvolveram-se lado a lado por aproximadamente 400 anos e até hoje são fortes as semelhanças entre as tradições. A religião iorubá que se desenvolveu no Haiti, porém, tem aspectos diferentes e uma direção um pouco mais obscura.

Em todo caso, esse baralho se inspira, primariamente, tanto no candomblé brasileiro quanto na santeria cubana, com uma face mais brilhante e benigna.

As primeiras evidências de tráfico de escravos data de 1538 quando milhões de negros da Guine, Angola e especialmente, Dahomey (hoje, Benin) foram levados ao Brasil. O tráfico ilegal continuou depois do ano de 1888, quando foi decretada a Abolição da Escravatura, quando muitos iorubás ainda chegaram ao Brasil, até o século XIX.

A cidade de Salvador, na Bahia, tornou-se um ponto de encontro das raças africanas e culturas muito diferentes se misturaram. As crenças iorubás se espalharam e se tornaram um princípio unificado na cultura dos escravos. Elas também foram enriquecidas por aspectos trazidos por outros grupos étnicos envolvidos. 

Assim, os escravos se encontraram lutando contra a destruição sistemática de sua identidade cultural e o banimento da manifestação da sua fé, sendo que apenas o catolicismo era permitido. Esta falta de liberdade deu abertura ao sincretismo nos cultos, fazendo com que as deidades iorubás se encontrassem com os santos católicos.

Os deuses iorubás são chamados Orixás. Cada um representa uma forma de energia da natureza e podem ser ligados à energia do tarô, particularmente, com os 22 arcanos maiores.

Os praticantes do candomblé acreditam que cada pessoa é guiada por um ou mais Orixás, o que dá a ela as características dessa deidade; como na astrologia existem pessoas com diferentes aspectos pessoais dependendo do seu signo e seu ascendente.

Os Orixás não são representados de forma antropomórfica ou zoomórfica, mas por símbolos. Para comunicarem-se com os mortais em seus encontros espirituais, porém, as deidades assumem uma forma humana, acostando ou incorporando um médium, batizado e consagrado na cultura e no culto do candomblé.

Nessas práticas, os Orixás se revelam, proferindo sua imensa sabedoria àqueles presentes; sugerem orações, curas e tudo mais que estiver em seu poder, com o propósito simples de ajudar e melhorar a experiência humana.

[texto extraído do livreto que acompanha o deck]


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